Maria Suzana de Santo Antônio, Irmã Suzana, como era conhecida carinhosamente, dedicou sua vida em prol dos menos favorecidos. Ela nasceu no dia 07 de janeiro de 1921, recebendo na pia batismal o nome de Hosana Maria da Silva, filha de João Evangelista Silva e dona Maria Jacinto e Gomes da Silva. Irmã Maria Susana viveu na simplicidade e pobreza do lar no interior de Minas Gerais, na cidade de Itaguara, onde foi educada na piedade, percebendo a necessidade das pessoas. Em 1938, ingressou na Congregação das Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade. Já como religiosa, ministrou conteúdos de diversos conteúdos, principalmente ensino religioso, educação moral e cívico, OSPB, geografia e história. Ela se preocupava muito em estar atualizada. Gostava de ler e acompanhar os jornais escritos e pela televisão, com o objetivo de manter os alunos informados. Em 1940, além de trabalhar na regência do Internato no Colégio Nossa Senhora da Piedade, de Belo Horizonte, lecionava os conteúdos acima mencionados. Em 1963, com a fundação do Colégio Nosso Senhora do Piedade, de Congonhas, foi nomeada pelo Governo Geral da Congregação como sua diretora. Em 1967, transferida para o Colégio São José e São Geraldo, de Divinópolis, assumiu regências e aulas de OSPB e história. Em 1968, foi transferida paro Uberaba, onde foi diretora do Instituto Santo Eduardo, orfanato que até hoje acolhe meninas menores e carentes. Como sempre, preocupava-se com a formação integral das meninas. Em 1970, retornou a Congonhas, assumindo aulas e outras atividades. Foi nessa época, mais precisamente no ano de 1971, que iniciou o trabalho, dentre tantos outros, que a faria conhecida não só em Congonhas como em várias outras cidades: o apoio e luta pela melhoria de vida dos presidiários. Graças a ela, muitos detentos já tiveram seus dias de torturas amenizados pelas suas palavras de conforto e pelo respeito com que ela os tratava. Em 1981, deixou Congonhas e realizou trabalhos em vários lugares: voltou a Uberaba; viveu por dois anos próximo aos detentos do presídio de Ribeirão das Neves; retornou a Congonhas por mais um ano; e ajudou a Congregação em comunidades no Ceará, Belo Horizonte e Uberlândia. Estava em Santana do Pirapama (próximo município de Sete Lagoas), em 1995, quando foi convidada a voltar paro Congonhas. Ao contrário do que acontece com a maioria das pessoas, a idade e os afazeres deixaram irmã Susana com mais energia paro trabalhar pelos menos favorecidos. Além da Pastoral Carcerária, ela trabalhava em projetos para a alfabetização de adultos, realizava anualmente a "Festa dos varredores de rua", participava de projetos para a melhoria de vida de nossa cidade e continuava levando a sua mensagem de fé e otimismo para todos. "Gosto dos excluídos, gosto dos ricos, mas daqueles cujo riqueza foi bem adquirida. Não me vejo diferente dos menos favorecidos. Se tenho a graça de ter um coração grande, é um mistério de Deus, porque poderia ser eu uma delas." Tanta dedicação para com a nossa cidade fez com que recebesse o título de "Cidadã Honorária de Congonhas". Irmã Maria Susana faleceu em 30 de janeiro de 2004.