Brasão do Instituto Histórico e Geográfico de Congonhas (IHGC). Arte desenvolvida por Breno Booz, com ajustes finais de Hugo Cordeiro e com acréscimos de ideias passadas de todos os membros-efetivos na primeira reunião da Organização. Explicando alguns conceitos:
- Faixa: Nome do Instituto. A esquerda o ano do surgimento do arraial de Congonhas do Campo que se inicia a partir de 1691, de acordo com André Candreva, a data mais antiga de que se tem notícia dos primeiros aventureiros que para cá vieram em busca de ouro. A direita o ano de fundação do Instituto.
- Paquife: É a planta Congonha, Palicourea rigida, que deu origem ao nome da cidade por sua grande presença na região. A palavra Congonhas deriva do tupi-guarani. "Kõ" e "gõi" significam "O que sustenta" ou "O que alimenta", assim como a função do paquife, que é sustentar o brasão.
- Escudo: As origens da cidade estão ligadas à expansão da atividade dos mineradores portugueses em busca de novas jazidas de ouro, principalmente pelos Monteiros de Barros, com a força de trabalho dos escravizados. A picareta, pá e algemas libertas representam os habitantes iniciais da nossa cidade, nossos antepassados, parte de nós representados no canto superior direito. Após se fixarem, em 1700, na Vila Real de Queluz, os exploradores fundaram o arraial de Congonhas do Campo, em 1734. A descoberta de ouro no rio Maranhão e afluentes levou a população a se fixar nas proximidades, logo a representação do rio com as Serras que circundam nossa cidade no canto inferior direito. Entre os portugueses que fundaram o arraial de Congonhas, estava o minerador Feliciano Mendes. Ele foi o responsável pela construção do principal monumento da cidade, o santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, localizado no alto do morro do Maranhão, representado pelo Profeta e a Basílica no canto superior esquerdo. Todo o santuário tem concepção de Aleijadinho e do barroco mineiro, representado pelo contorno do escudo. O local se tornou centro de devoção popular e alvo de peregrinações de fiéis até hoje. Em época de Jubileu a cidade lota, pessoas de várias partes do país chegam para demonstrar a sua fé. A peregrinação era tamanha que Congonhas já não conseguia comportar os inúmeros romeiros. Devido a isto foi construída, na década de 30, a Romaria, representada no canto inferior esquerdo, que foi demolida e novamente reconstruída em 1995. O lado esquerdo do escudo representa o Histórico, e o lado direito representa o Geográfico.
- Por último o timbre, representado com a cruz e a coroa. Esta combinação tem um profundo significado religioso: sacrifício e fé em Deus, pois acreditamos e assim a história de Congonhas nos ensina que nada é possível sem uma dedicação fervorosa aliada com a crença e fé em Cristo, Nosso Senhor Jesus.