A capela de Santa Quitéria foi oficialmente tombada pelo município de Jeceaba, através do Decreto n° 05/2025.
Publicado em 17 de fevereiro de 2025.
O processo de tombamento realizado pelo Conselho de Patrimônio de Jeceaba ao longo de 2024 foi provocado por grande mobilização da comunidade de Santa Quitéria (povoado que é divido por Congonhas e Jeceaba, onde a Capela se localiza no município vizinho), onde o IHGC, após o passeio cultural realizado na capela, em abril do ano passado, elaborou através de seus confrades André e Hugo, um requerimento à prefeitura de Jeceaba com os atributos históricos e culturais da Capela.
Pelo fato de estar no município vizinho, mas longe da sede de Jeceaba, recebeu até então pouca atenção histórica pelos dois municípios.
Apesar de estar em Jeceaba, a capela pertence à Paróquia de São José Operário de Congonhas, quem dá suporte nas missas e na festa de Santa Quitéria.
Histórico da Capela
De acordo com relatos orais e um ex-voto existente, um fato ocorrido a 05/04/1734 em um dos “galhos” (caminhos paralelos) do Caminho Velho da Estrada Real, nas proximidades do atual bairro de Santa Quitéria/Congonhas, nos dá conta de que dois rapazes nesse percurso desentenderam-se por motivos fúteis e um deles, de posse de uma faca, fez menção de ferir seu desafeto. Este, se vendoem situação de aflição, invocou com veemência à Santa Quitéria, que intercedeu paralisando o braço do agressor, impedindo-o de cometer tal barbaridade.
Diante do milagre acontecido, o português Manoel Mendes de Souza, que invocou a santa no momento do apuro, era dono de considerável extensão de terras nesta região, fez promessa de
erguer um templo devotado à Santa Quitéria, surgindo assim a capela de mesmo nome e consequente denominação do pequeno povoado que a seu redor floresceu.
A capela singela foi erigida em estilo colonial e apresenta frontão retangular com frontispício modulado em cantaria, contendo nas extremidades dois pequenos pináculos e encimado por uma cruz.
Internamente a capela foi bastante descaracterizada ao longo das décadas passadas, justamente por não haver uma proteção cultural. A imagem de Santa Quitéria, segundo a comunidade, é a original do Século XVIII.