Leopoldino Barbosa nasceu em 15 de março de 1900, no distrito de Soledade, hoje Lobo Leite, município de Congonhas. Filho de Leopoldino Barbosa e Ana Isabel, caçula de cinco irmãos. Já órfão de pai, ficou órfão de mãe aos nove anos. Por necessidade, aos dez anos começou a trabalhar como candeeiro junto a seu tio e tutor Francisco Barbosa. Na adolescência, trabalhou como tropeiro circulando por diversas cidades próximas à região. Aos dezessete, após sete anos da inauguração do Ramal Paraopeba da Estrada de Ferro Central do Brasil, ligando Joaquim Murtinho a Belo Horizonte, foi admitido no setor de conserva de linha como ferroviário, ofício que manteve até se aposentar, em 1958. Além de ferroviário, exerceu atividades voluntárias: foi marceneiro, barbeiro, músico. Exímio marceneiro, um verdadeiro artista da madeira, fazia diversos móveis e utensílios para o lar, assim como caixões, segundo seus “causos”. Barbeiro, atendia principalmente os carentes. Musicista, tocava bombardino na corporação musical do distrito de Lobo Leite, onde atuava também como maestro e compositor de diversos dobrados. Além de aplicar injeções, sem dificuldades, para atender os enfermos. Segundo sua irmã mais velha, Ernestina Barbosa, Leopoldino viveu intensamente sua juventude e início de vida adulta frequentando e promovendo bailes, festas, saraus, serenatas. Seu prazer era tocar e cantar, o que encantava a todos. Em 28 de dezembro de 1935, casou-se com Leontina Bernardes, tendo da duradoura união, 11 filhos. Tão logo se casou, fixou residência na “casa de turma”, vila residencial, localidade denominada Congonhas Acima, onde morou e criou sua família até 1958, quando se aposentou. Em seguida, adquiriu uma casa no Bairro Joaquim Murtinho, Congonhas, MG, onde viveu até seus últimos dias. Leopoldino Barbosa nunca pretendeu ser uma celebridade, sempre fez questão de privacidade e discrição. Sua notoriedade se destacou após se casar, constituir família, ingressar e se tornar membro das Conferências de São Vicente de Paulo, entidade de interesse mundial fundada pelo jovem italiano Antônio Frederico Ozanam. Como confrade vicentino, foi fundador, colaborador e entusiasta de diversas Conferências Vicentinas na região de Congonhas e Conselheiro Lafaiete, membro efetivo do Conselho Central das Conferências Vicentinas da região de Congonhas, presidente do Conselho por diversos mandatos. No dia 24 de agosto de 1993 foi aprovado o Decreto Legislativo Nº 224/93, que modificou a denominação do Bairro Tancredo Neves para “Leopoldino Barbosa”, em Joaquim Murtinho, Congonhas, MG. Homenagem legítima a um cidadão que dedicou parte de sua vida ao bem coletivo, sem a pretensão de qualquer mérito ou benefício próprio. Em 04 de novembro de 1992, Leopoldino Barbosa encerrou sua passagem por esta Terra, às 10h, no Hospital e Maternidade São José, em Lafaiete, Minas Gerais.