Nono filho de Domiciano Ferreira de Sá e Castro e Maria do Carmo Monteiro de Barros. Nasceu no ano de 1808 na Fazenda Morro do Santo Antônio, Congonhas do Campo. Após o falecimento de seus pais, onde sua mãe morreu no ano de 1818 e seu pai em no ano de 1823, Lucas Antônio cresceu sob apoio do seu tio materno, o Coronel José Joaquim Monteiro de Barros, e de sua irmã mais velha, Maria da Conceição Monteiro de Castro, e teve muitas profissões: foi fazendeiro, tesoureiro da Fazenda de Minas Gerais; juiz municipal, vereador de Vila Rica no triênio de 1853 a 1856; juiz de paz e subdelegado de Congonhas do Campo; membro da Assembleia Legislativa Provincial no biênio de 1874 a 1875; major da Guarda Nacional e recebeu a graduação de oficial da Imperial Ordem da Rosa, do Império do Brasil. O Barão casou duas vezes, estreitando os laços familiares com sua própria prima/sobrinha Helena Maria Monteiro de Barros, filha do seu tio e de sua irmã citados anteriormente. Helena Maria nasceu no dia 15 de outubro de 1819, em Rio Pardo, Rio Grande do Sul, lugar onde seu pai atuava na mineração. Foi batizada na Igreja Nossa Senhora do Rosário em Rio Pardo no dia 29 de outubro de 1819. Provavelmente voltara para Minas junto de seu pai, o Coronel José Joaquim, quando este ganhou a guarda dos filhos da sua irmã de Maria do Carmo, após o falecimento de Domiciano Ferreira de Sá e Castro. Helena criou então laços e cresceu junto de Lucas Antônio. De acordo com o genealogista Brotero, esse casamento ocorreu provavelmente depois de 1833 e antes de 1839 e tiveram juntos 5 filhos: Dr. Lucas Antônio Monteiro de Castro, Capitão Marcos Antônio Monteiro de Castro, Joanna Baptista Monteiro de Castro, Maria da Conceição Monteiro de Castro e João Baptista Monteiro de Castro. Em 4 de junho de 1856, Helena veio a falecer em domicílio na cidade de Ouro Preto, deixando numerosos bens aos seus herdeiros. A segunda vez, Lucas Antônio casou por contrato antenupcial com Belarmina Emilianna d'Oliveira, filha de Prudente Emiliano de Oliveira Machado e Bernarda Paula de Athaíde. Esse contrato constava-se na folha 148 do 1ª auto dos inventários do Barão e de Belarmina, sendo esta escritura datada do dia 16 de setembro de 1863. Nesta data do contrato o casal já tinha seus 3 primeiros filhos: Bernardina Monteiro de Castro Penido, Arminda Maria Monteiro de Castro Junqueira e Domiciano Ferreira Monteiro de Castro; havendo depois mais 3 filhos desse casamento: Augusta Maria Monteiro de Castro Junqueira, Francisco Lucas Monteiro de Castro e uma criança do sexo feminino natimorta. Em 10 de novembro de 1864, Lucas Antônio requereu ao Excelentíssimo Presidente da Província de Minas Gerais, o então Desembargador Pedro d'Alcântara Cerqueira Leite, através de uma carta redigida a punho, a graça de nomeá-lo barão já que julgava relevante os seus serviços prestados na cidade e para com o país. É possível encontrar documentos que evidenciam algumas de suas doações para execução de obras públicas terminadas 3 anos mais tarde: a reconstrução de uma ponte sob o rio Maranhão datada sua finalização no dia 23 de fevereiro de 1867, com a quantia gasta de 471$200 réis gastos, e uma reforma feita na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de um documento datado de 17 de julho de 1867, com a quantia gasta de 6:777$890 réis, demonstrando que Lucas Antônio realmente cumpria seu dever, no alicerce de um esforço hercúleo, para o bem da população congonhense. Para seu aprazimento, em 17 de maio de 1871, por decreto do Imperador Dom Pedro II, ele foi agraciado com o título de Barão em Congonhas do Campo, e por conseguinte Belarmina Emillianna Monteiro de Castro, a Baronesa. Seu estimado tio, Lucas Antônio Monteiro de Barros, até então, foi o último que recebera o mesmo título nobiliárquico no dia 12 de outubro de 1825, ano e mês de fundação do Instituto Histórico e Geográfico de Congonhas, no ano de 2020. Belarmina teve um curto espaço de tempo no título de Baronesa, apenas por dois anos, interrompidos por sua morte às duas horas da manhã do dia 16 de outubro de 1873, devido a uma eclampsia, juntamente com sua filha recém-nascida. Mesmo viúvo por duas vezes e perdendo uma filha, Lucas Antônio não se deixou desanimar pelas tragédias que a vida o trouxera e continuou seu trabalho político e social nas terras congonhenses. Ele era do Partido Conservador da época e membro da Assembleia Legislativa. Ao final do seu mandato, no ano de 1875, foi convidado a compor o corpo eleitoral do 1º distrito como deputado da província de Minas Gerais, estimado no Jornal Diário de Minas de 7 de novembro de 1875 com outros nomes do Partido Conservador como “a combinação mais acertada dos membros que podem e devem representar a província”. Na mesma edição do Jornal, Lucas Antônio não aceitou a proposta. Outro recorte do Jornal A Actualidade, Ano I, número 10, datado de 9 de abril de 1878 nos apresenta muito bem o espírito inefável de bondade de Lucas, comprovando que todas as histórias familiares sobre o grande coração do Barão eram verossímeis. Nesta coluna é apresentada uma doação de 400$ réis do Barão de Congonhas ao Tesouro Nacional a favor das vítimas da seca na província do Ceará. Muitos descreveriam como um ato político, mas em seu “cerne” ele nunca buscou ambição ou respaldo de alguém para com suas ações sociais. Um fato inédito descoberto era sua posição pró-abolicionista. Quatro anos antes da Lei Áurea, no dia 25 de janeiro de 1885, o Jornal A Província de Minas divulga, em uma coluna é descrito alguns nomes de pessoas que entregaram cartas de liberdades aos seus escravos por intermédio do Excelentíssimo Deputado Dr. Diogo Vasconcelos e Lucas Antônio é citado. Por suas atuações e seu caráter integro ao longo de sua jornada, o Barão de Congonhas sempre foi muito prestigiado por todos e tinha seus fiéis seguidores, fato observado em outro recorte do Jornal A Província de Minas, da capital Vila Rica, Anno VI, Edição 296, do dia 15 de dezembro de 1885, que narra com alto requinte as nuances do Barão ao visitar capital nesta data. Lucas Antônio Monteiro de Castro que teve uma vida longeva e prestigiada, faleceu às nove horas e trinta minutos da noite do dia 4 de junho de 1891 em Congonhas do Campo, devido uma lesão aórtica e foi sepultado na mesma cidade no Cemitério da Matriz.